A devolução de crianças e adolescentes pelas famílias que as adotam é uma realidade mais comum do que se pensa, embora a adoção seja um procedimento irrevogável perante a Justiça.
Uma pesquisa apresentada recentemente no Instituto de Psicologia (IP) da USP fornece subsídios para que os profissionais envolvidos no processo de adoção consigam identificar nos candidatos a pais alguns fatores de risco que sinalizem a possibilidade de ocorrer uma futura devolução.
Em 2010, foram devolvidas aos centros de acolhimento do Estado 12 crianças em processo de pré-adopção. Entre 2005 e 2010, registaram-se um total de 108 devoluções, de acordo com dados do Instituto da Segurança Social (ISS). Entre as razões para a não concretização da adopção estão a falta de entendimento entre os candidatos e a não correspondência da criança às expectativas dos pais adoptivos.
“Durante o período de préadopção [6 meses], dois irmãos foram devolvidos” conta Carla Semedo, directora da Casa das Crianças de Tires (Cascais). A instituição acolhe crianças dos 3 aos 10 anos, algumas por indicação do ISS. Uma das justificações dadas pelo pai adoptivo para devolver uma das crianças é que “não é companheira, não correspondeu às expectativas”. Os dois irmãos acabaram por regressar à Casa de Tires. O menino que não correspondia “às expectativas”, tem agora 7 anos e “diz que não pode fazer asneiras porque senão não tem pai” revela Carla Semedo.
Para Luís Villas Boas o elevado número de crianças devolvidas pelas famílias adoptantes resulta da “má avaliação” dos candidatos. “As instituições têm de ter capacidade para preparar estas crianças para uma futura integração numa família e, para isso, é preciso ter técnicas de várias áreas. Não é isso que se passa”, diz.
Dois casos de devolução de crianças adotadas
Em seu estudo a psicanalista entrevistou dois casais e uma mãe que se viam diante de uma possível devolução das crianças que haviam adotado.
O primeiro casal havia adotado, há vários anos, um menino ainda bebê. O garoto cresceu, estava na adolescência e os pais tinham a intenção de devolvê-lo por problemas de convivência.
O segundo casal tinha adotado uma menina de 5 anos, mas queriam devolvê-la após cerca de 3 semanas, no estágio de convivência.
A outra mãe entrevistada queria devolver um casal de irmãos adotados aos 7 e 5 anos, após uma convivência de cerca de um ano e meio.
Apenas no primeiro caso a criança adotada permaneceu com os pais adotivos. Nos outros dois, as crianças foram devolvidas para o Estado.
E eu agora pergunto !!! ???
O que é que estes pais adoptivos faziam se estes filhos adoptivos fossem seus filhos de sangue e de ventre ??? E não adoptivos ??
Ofereciam-os a uma instituição para adoção por isto e por aquilo alem de serem seus filhos de sangue ?? Vendiam-os ?? Matavam-os?? Abandonava-os ??
Afinal existe tanta gente que quer de verdade ter um filho, que anda a anos para adoptar e por isto ou por aquilo não conseguem e depois vem estas pessoas que conseguem adoptar fazerem isto? Só porque não corresponde as expectativas, porque tem uma doença, porque precisa de medicamentos, porque as crianças tem dificuldades, porque não são perfeitas, porque se fartam, e lembram-se que afinal já não as querem e devolvem-nas???!!! Crianças não são objectos ... Crianças não tem garantias como os carros... Crianças não são bens materiais... Crianças não são coisas que se estragam e deitam fora e pronto.
Crianças são SIM SERES HUMANOS. Mais do que essas pessoas que as adotam e tem o ato do deitar fora, devolvendo-as novamente.
17 comentários:
Nossa amiga!! Coisa horrível devolver o filho adotivo. Se não quer, porque entrou para o processo de adoção não é?
Beijos
Uma triste realidade!!!
Vi o programa e é mesmo revoltante linda!!
Pior é que conheço um caso semelhante... que nojo!!
Que coisa mais cruel,revoltante!não consigo achar palavras pra descrever o que senti agora...
O que vc disse está correto,imagina se os filhos fossem de sangue?o que fariam com eles?
Que Deus tenha piedade dessas pobres crianças que já sofreram por serem abandonados pelos pais de sangue e depois rejeitados pelos pais adotivos...como fica a cabecinha de uma criança assim?
Muito cruel mesmo,se não sabe se tem capacidade de criar um filho com todos então não vá atrás,não adote!
Um abraço flor!
Sim. É mais comum do que pensamos.
Que me desculpem as pessoas que já devolveram um filho adoptado, mas na minha opinião não podemos devolver uma criança como se de uma compra se tratasse. E muito sinceramente questiono-me se essas pessoas (as que devolvem as crianças) alguma vez estiveram (ou estarão) preparadas para serem pais e desempenharem este papel tão importante na vida de uma criança.
E as expectativas que estas crianças criam, os laços que são estabelecidos, a esperança de ter uma família? Tudo isto cai por terra quando descobrem afinal de contas já não a querem. Imagino os sentimentos destas crianças de profunda tristeza e rejeição.
Fico revoltada e triste com estas situações.
e um absurdo neah por isso que e tao dificil de adotar para nao correr esse risco depois mais mesmo assim acontece....
Eu não sei o que passa na cabeça dessas pessoas...filho é pra sempre...não importa se é adotado ou de sangue.
Com certeza as pessoas que querem sem mães e não podem se revoltam com isso.
Beijos
Absurdo mesmo Mirian.
Fiquei até pensando nos meus pequenos problemas comparados aos dessa crianças, quanto sofrimento.
Essas pessoas que devolvem esses pequenos não buscam uma criança buscam um espelho tal como Narciso, a questão é que esquecem que um dia foram crianças e que foram privilegiadas por não passarem por determinadas situações.
Absurdo!
Estou indnada.
Beijos querida!
Criança não é boneco.
Ela vai proporcionar alegrias e tristezas.
Vai dar muito trabalho, não vai agir como a gente imagina ou queria.
Se alguém pensa em adotar querendo uma criança perfeita já devia desistir.
O mal provocado por pessoas que devolvem a criança é cruel demais.
Bjs!
Poxa que terivel, as crianças já sofrem por serem abandonadas pelos pais biologicos e acabam sofrendo duas vezes!
Que triste amiga, adoção tem que ser algo muito consciente, não é como adotar um cachorrinho!
sAUDADE de vc Miriam. Como esta este garotão portugues. Eu comecei a surtar de novo e fui fazer um Beta agora. Se for negativo pelo menos já desencano antes da viagem e ser for positivo já começarei a fazer planos risos.
Nossa! Acho esse um assunto muito delicado, a pessoas que se propuser a adotar deve estar preparada e ciente da responsabilidade.
Que absurdo isso.... como se essas crianças fossem um produto que eles pegaram na prateleira de um supermercado e quando chegou em casa viu que tinha algum defeito de fabricação. Essas crianças são pessoas e tem sentimentos. Fiquei pasma
Ich, Hausfrau
www.ich-hausfrau.com.br
Lamentável.......... não tenho nem palavras para descrever um ato desses. Imagina a cabecinha dessas crianças como fica........
Beijos
Syl
http://minhacasinhafeliz.blogspot.com/
Enquanto lia essa reportagem eu pensei: Ué, mais não existe um filho perfeito, e se essas crianças fosse filhos de verdade??
E bem no finalzinho você faz esse mesmo questionamento, e eu te digo Miriam, essas pessoas não são pais e nem querem ser... Ao invés de procurar crianças deveriam adotar um cachorrinho, ou comprar uma plantinha pra criar, e ainda assim corria o risco de abandonarem o cachorrinho ou matarem a plantinha...
Afinal, que expectativas um pai tem que seu filho faça tão errado a ponto de ser devolvida???
Isso é coisa de gente que não tem seriedade.
bjO
Que absurdo meu Deus!Para nós vermos em que mundo estamos e que a ponto as pessoas podem chegar,será que elas não percebem o sofrimento que causaram as essas crianças,o que me dá mais raiva é que vejo tantos casais na luta por adotar uma criança e muitas vezes não conseguem e daí vejo uma coisa dessas.
Beijos
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